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Os mercados balançaram nesta sexta-feira (8) ao sabor de dados que mostraram uma linha tênue entre os riscos de uma inflação global persistente e de uma abrupta desaceleração da economia mundial provocada pela escalada dos juros.

A instabilidade dos ativos de risco durante o dia, replicando o padrão desta semana, reforçou a ideia de que investidores ainda buscam pistas sobre quando o processo de elevação dos juros nos Estados Unidos colocará freio na inflação do país e qual será o custo disso.

Paralelamente, a China anunciou um pacote bilionário de estímulos que animou o setor de commodities, mas desregulou ainda mais a bússola do mercado.
O real apresentou nesta sexta o maior ganho frente ao dólar entre as principais moedas. A divisa brasileira também foi a mais valorizada entre países emergentes.

No fechamento do mercado de câmbio doméstico, o dólar comercial à vista caiu 1,42%, cotado a R$ 5,2680.

Com isso, a divisa americana acumulou queda semanal de 1,01% frente ao real. Nesta mesma semana, na quarta-feira (6), o dólar atingiu os R$ 5,42, maior cotação desde janeiro.

Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral Group, considera a expectativa do aumento das exportações de commodities para a China o fator mais importante para o câmbio nesta semana.
Pequim anunciou na quinta-feira (7) um pacote de US$ 220 bilhões em investimentos em infraestrutura no país, segundo a agência Bloomberg.

Ibovespa avança em semana de volatilidade no exterior
A Bolsa de Valores brasileira acompanhou a volatilidade dos mercados globais. O índice de referência Ibovespa fechou o dia em queda de 0,43%, a 100.288 pontos, após uma sessão de altos e baixos.

No acumulado da semana, houve alta de 1,35%.

Nos Estados Unidos, os principais índices tiveram desempenhos mistos. O indicador de empresas de grande valor Dow Jones caiu 0,15%.

Já o índice para companhias de tecnologia com potencial de crescimento, o Nasdaq, subiu 0,12%. O S&P 500, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,08% no dia e somou 1,94% nesta semana.

Dados sobre a forte geração de empregos nos Estados Unidos centralizavam as atenções nos mercados de ações.

O país abriu 372 mil postos de trabalho no setor urbano em junho, bem acima da expectativa de 268 postos, conforme estimativa da agência Reuters.

Esse resultado pode ser observado de dois pontos de vista. Olhando para a parte cheia do copo, a informação afasta a perspectiva de uma recessão global imediata, pois mostra que a principal economia do planeta continua aquecida.

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